Creio que o que aqui na Terra chamam de minha sombra é a minha verdadeira substância. Parece-me que, ao contemplar as coisas espirituais, nos assemelhamos muito às ostras, que observam o sol através da água e julgam que essa água espessa é a mais tênue das atmosferas. Penso que o meu corpo é apenas o sota-vento de um ser melhor. Na verdade, leve quem quiser o meu corpo, levem-no; repito que não é meu.
Herman Melville (*1819+1891)
In: Moby Dick. Vol. I.
Trad. Berenice Xavier. São Paulo: Abril, 2010. (Clássicos Abril Coleções; v.15)
Trad. Berenice Xavier. São Paulo: Abril, 2010. (Clássicos Abril Coleções; v.15)
"Moby Dick" é um verdadeiro tratado de filosofia. Agradecimento especial à leitora Bruna Pereira Caixeta pela sugestão do post.
ResponderExcluirManoel,
ResponderExcluirMesmo tendo comentado contigo que o trecho acima se assemelhava um pouco com o platonismo, não havia pensado na definição exata "tratado de filosofia", para o livro. De fato, "Moby Dick" é um verdadeiro tratado de filosofia.
Obrigada pela observação, e, também, por ter acatado a sugestão do fragmento.
Um abraço,
Bruna P. C.
Bruna, outra coisa que impressiona em "Moby Dick" é que Melville tinha apenas 32 anos quando o livro foi publicado. Simplesmente assombroso.
ResponderExcluirE você captou perfeitamente o espírito do blogue. Forte abraço.
Oi Manolo,
ResponderExcluirentão a Bruninha não só perdeu a vergonha de comentar em seu blogue como já até dá sugestões-sensacional!
Muito nobre e hiper legal da sua parte publicar que a sugestão foi dela.
Ainda não li "Moby Dick"(vergonha!), e quando o fizer, creio que já será com essa "visão filosófica".
Abração
Chris
Você estava certa, Chris, ela é uma joia rarissíssima.
ResponderExcluirQuanto ao livro, quando eu encontrar meu exemplar da Ediouro posso emprestá-lo para você.
Saudações!
Oi, Manoel,
ResponderExcluirPara reflexões como as que há no livro, realmente 32 anos é uma idade para se impressionar.
Fiquei feliz por você ter dito que captei o espírito do blogue. Que bom!
E obrigada pelas muito generosas palavras, Manoel.
Chris?! Viu, agora estou comentando os blogues! Estou um pouco atrevida.
Para vocês dois, um grande abraço.
Bruna P. C.