Eles passarão. Eu passarinho!
Mário de Miranda Quintana (*1906+1994)
E no entanto, no silêncio, alguma coisa irradia...
Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres?
Morta... serei árvore
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo de vida vegetal.
Não morre aquele que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
É o fim de todas as perguntas. É a hora em que você diz: "Ai, meu Deus, então era isso?"Sérgio Viotti (*1927+2009)