quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

CXLIV


Diz-se que antes de um rio entrar no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada: os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.


Mas não há outra maneira... E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas TORNAR-SE oceano.*


Autoria desconhecida


(*) Com adaptações

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

CXLIII




Não é maravilhoso? Tudo familiar desapareceu. O mundo parece novinho em folha, cheio de possibilidades. Um novo e limpo começo. É como ter uma grande folha de papel branca para desenharmos. É um mundo mágico, meu velho...


William Boyd Watterson II (*1958)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CXLII

Não tenho medo do Sono Eterno, mas da Insônia Eterna.

Mário Quintana (*1906+1994)

terça-feira, 6 de abril de 2010

CXLI

A única coisa boa em relação ao futuro é que não estarei mais aqui para vê-lo.


Autoria desconhecida

segunda-feira, 5 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

CXXXIX




Any man's death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee.

"A morte de qualquer homem me amesquinha, porque faço parte da Humanidade; por isso nunca mandes saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti."

John Donne (*1573+1631)
In: Devoções

sábado, 3 de abril de 2010

CXXXVIII

Vivia diretamente a terra, a água, os animais e Deus, sem a intervenção deformadora da razão.

Nikos Katantzakis (*1885+1957)
In: O velho Zorba

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CXXXVII


Como o escravo suspira pela sombra, como o assalariado aguarda sua paga, assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. Se me deito, penso: "Quando poderei levantar-me?". E quantas vezes, de noite, fico a agitar-me até o amanhecer! Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-te de que minha vida é apenas sopro, e meus olhos... não voltarão a ver a felicidade!

Jó, VII, 1-7

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CXXXVI




Outro mundo! Não existe outro mundo! Toda a realidade está aqui ou em lugar nenhum.

Ralph Waldo Emerson (*1803+1882)

apud: O cair da noite (Asimov)

segunda-feira, 29 de março de 2010

CXXXV

Resignara-se, enfim, ao inevitável.

Jane Austen (*1775+1817)
In: Orgulho e preconceito




sábado, 27 de março de 2010

CXXXIV


As despedidas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro.


Richard Bach (*1936)

sexta-feira, 26 de março de 2010

CXXXIII

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora


Renato Teixeira de Oliveira (*1945)

quinta-feira, 25 de março de 2010

CXXXII



Os céus nos deram duas coisas para compensar as inúmeras misérias da vida: a esperança e o sono.


François-Marie Arouet (*1694+1778)
apud: Dostoievski

quarta-feira, 24 de março de 2010

CXXXI


Nunca se sabe quando poderá ser tarde demais para uma gentileza.


Ralph Waldo Emerson (*1803+1882)

terça-feira, 23 de março de 2010

CXXX




Que fizeram de teus sarcasmos? De tuas cabriolas e canções? De teus rasgos de bom humor que faziam sorrir toda a mesa? Nem um só gracejo agora para zombar de tua própria careta? Nada? Tudo descarnado...Vai agora ao toucador de minha Senhora e dize: Que por mais espessa camada de tinta que passe no rosto, nada a impedirá de vir aqui, estar como a ti... Faze-a a rir com esse último gracejo.


William Shakespeare (*1564+1616)
in: Hamlet, Ato V, Cena I

domingo, 21 de março de 2010

CXXIX




O mar, ao baloiçar a sua maca, parecia embalá-lo, a fim de lhe permitir entrar mais facilmente no seu último sono. Tinha-se a impressão de que ele o transportava cada vez mais para o alto, sem dúvida para esse paraíso cujo acesso não podia ser-lhe recusado.

Herman Melville (*1819+1891)

In: Moby Dick


sábado, 20 de março de 2010

CXXVIII

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Sérgio de Britto Álvares Affonso (*1959)

terça-feira, 9 de março de 2010

CXXVI



E este é o fim de todos os cuidados e precauções, das mentiras e ardis, o fim mais feliz, mais justo e mais razoável!


Jane Austen
(*1775+1817)
In: Orgulho e preconceito

segunda-feira, 8 de março de 2010

CXXV




Não suspirem mais, damas, não suspirem mais.
Os homens sempre foram impostores.
Um pé no mar e outro em terra,
Nunca constantes em nada.
Então não suspirem mais,
Mas deixem-nos partir,
E sintam-se felizes e belas,
Convertendo todos os vossos lamentos
Em um grito de alegria, alegria.



William Shakespeare (*1564+1616)
in: Muito barulho por nada

terça-feira, 2 de março de 2010

CXXIV

O tempo e o espaço são modos pelos quais pensamos e não condições nas quais vivemos.

Albert Einstein
(*1879+1955)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

sábado, 27 de fevereiro de 2010