Se falo, nada respondeCecília Benevides de Carvalho Meireles (*1901+1964)
Depois, tudo vira vento
Um cílio dentro do oceano
Um pulso sobre uma estrela
Uma ruga num caminho caída como pulseira
Vultos de labareda
Rompem-se como retratos
Feitos em papel de seda
Vejo as asas, sinto os passos
De meus anjos e palhaços
Uns dançando pelos ares
Outros perdidos no chão
In: "Memória" (com adaptações)