domingo, 30 de dezembro de 2012

CCXXXVIII

Sim, é a eterna renovação, o incessante movimento. E também dentro de mim a onda se ergue. Tu, sobre quem cavalgo, dize‑me que inimigo vemos agora avançar contra nós, neste momento em que golpeias a calçada com os teus cascos? É a Morte. A Morte é o nosso inimigo. É contra ela que cavalgo de lança em riste e os cabelos flutuando ao vento, como os de um jovem, como os de Percival quando galopava na Índia.

Adeline Virginia Woolf (*1882+1941)
In: "As ondas" (ed. port.)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CCXXXVII


La fin du monde... Dieu se retourne et dit: "J'AI FAIT UN RÊVE".

"No fim do mundo, Deus acorda e diz:
'EU TIVE UM SONHO'."

Ambroise-Paul-Toussaint-Jules Valéry (*1871+1945)
In: "Mélange"

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CCXXXVI

O brave new world!


"Ó admirável mundo novo!"

William Shakespeare (*1564+1616)
In: "A tempestade", V

domingo, 16 de dezembro de 2012

CCXXXV

Cosa fatta capo ha.


"O que tem começo, tem fim."

Niccolò Machiavelli (*1469+1527)
In: "Histórias florentinas", II

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CCXXXIV

Tudo é fluxo, nada está estático.


Heráclito de Éfeso (*535?+480?)
In: "Fragmentos"

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

CCXXXIII

If you gaze into the abyss, the abyss gazes also into you.
 
"Se olhares, durante muito tempo, para um abismo,
o abismo também olha para dentro de ti."

Friedrich Wilhelm Nietzsche (*1844+1900)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CCXXXII



O que trago em mim ninguém vê. Trago belos pensamentos que pesam como uma lápide. Eu suplico: façam-me falar!

Norma Jean Mortenson (*1926+1962)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CCXXXI

Vedes o arco-íris? Ali começa o que não é supérfluo, o canto da necessidade, a melodia única, a nenhuma outra semelhante.
 
Friedrich Wilhelm Nietzsche (*1844+1900)

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CCXXX

Se falo, nada responde
Depois, tudo vira vento
Um cílio dentro do oceano
Um pulso sobre uma estrela
Uma ruga num caminho caída como pulseira
Vultos de labareda
Rompem-se como retratos
Feitos em papel de seda
Vejo as asas, sinto os passos
De meus anjos e palhaços
Uns dançando pelos ares
Outros perdidos no chão
 
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (*1901+1964)
In: "Memória" (com adaptações)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CCXXIX

Ah, a frescura das manhãs em que se chega
E a palidez das manhãs em que se parte.

Fernando António Nogueira Pessoa (*1888+1935)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CCXXVIII

Meu verdadeiro corpo permanece comigo para outras esferas.

Walter Whittman (*1819+1892)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

CCXXVI

O mistério dos mistérios
é o portal por onde entram as maravilhas.

Lao-Tzu (*?+?)
In: "Tao-te King"

sábado, 25 de agosto de 2012

CCXXV

Sic transit gloria mundi.

"A glória do mundo é passageira."

(Brocardo latino)

domingo, 8 de julho de 2012

CCXXIV


Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora.


Cacique Seattle (*1786?+1866)

sábado, 23 de junho de 2012

CCXXIII

Eratque cum bestiis, et angeli ministrabant illi.
"Vivia entre as feras, e os anjos o serviam."

Marcos, 1.13 (Vulgata)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CCXXII

Ver, ouvir e escrever coisas magníficas: tal era seu objetivo.

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (*1854+1900)
Em memória de John Keats

domingo, 17 de junho de 2012

CCXXI

É o tempo da travessia… e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Teixeira de Andrade (*1946+2008)
In: "Tempo de travessia"

domingo, 10 de junho de 2012

CCXX

E onde estará o homem senão à beira do abismo?

Friedrich Wilhelm Nietzsche (*1844+1900)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

CCXIX

Nunca ninguém se perdeu
Tudo é verdade e caminho

Fernando António Nogueira Pessoa (*1888+1935)
In: "Obra poética" (Aguilar,1960)

domingo, 3 de junho de 2012

CCXVIII

Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (*1899+1986)

terça-feira, 29 de maio de 2012

CCXVII


 Caelum non animum mutant qui trans mare currunt.


"Mudam de céu, não de espírito, os que transpõem o mar."

Quinto Horácio Flaco (*65+8 a.C)

In: Livro de epodos, 1,11,27

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CCXVI

Cada voz me traz milhares de histórias
E de cada história sou o vilão condenado.
William Shakespeare (*1564+1616)

terça-feira, 24 de abril de 2012

CCXV

Entre el alba y la noche hay un abismo             
de agonías, de luces, de cuidados;
Otro Cielo no esperes, ni otro Infierno


"Entre a alba e a noite há um abismo / de agonias, de luzes, de cuidados; / (...) Não esperes outro Céu, nem outro Inferno."

Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (*1899+1986)
In:"El instante"


sábado, 21 de abril de 2012

CCXIV


O mundo inteiro está sonhando.
Siddharta Gautama (*563+483 a.C.)

CCXIII

You are Eternity's hostage, a captive of time.
"Você é prisioneiro da Eternidade, um escravo do tempo."


Boris Leonidovitch Pasternak (*1890+1960)
In: "Night"

sexta-feira, 13 de abril de 2012

CCXII

Nearer, my God, to Thee.
 "Mais perto, meu Deus, de Ti."

Sarah Fuller Flower Adams (*1805+1848)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CCX

As coisas são mais belas quando vistas de cima.

Alberto Santos Dumont (*1873+1932)

domingo, 1 de janeiro de 2012

CCIX

Por trás do que se discute, sempre existe algo que não admite discussão. Os meus sentidos param e o espírito me guia livremente. 

Chuang-Tzu (séc. IV a.C.)